
Antes de começar, Foi no famoso"KK" ou "Cacá" que eu passei 2 anos da minha vida que valeram por muitos... lá conheci pessoas maravilhosas....conheci mais un outros doidos, conheci garotos, e conheci garotas.
Tive amizades que passavam de amizades e extrapolavam palvras como "mamãe" e "filhinha" em nosso tratamento diário. Éramos juntos, um grupo, uma "gang". rsrs
Lá tive meu primeiro "grande porre", tive muitos namorados e rolos também...tive paixões de adolescente tão fortes e tão fulgazes ao mesmo tempo...passou...ainda bem!
Mas sinto falta da época em que éramos os donos do mundo e ninguém seria louco de negar isso...e nem acreditaríamos se nos dissessem que não éramos.
Lá conheci cantos escuros...pessoas inteligentes, diferentes...e outras tão fúteis! Conheci o violão e comecei a tocar até aprender SOZINHA... tocava Nirvana e outros a cantava também...conheci pessoas boas para uma banda, mas morávos distantes...não rolou. rs Mas tocámos e eu cantava. Realmente eu sonhava em ser uma "estrela do Rock" hauhauh.
Lá minha rebeldia explodiu...eu sempre amei Artes e na época acabei sendo meio persoadiada a fazer um curos na área da saúde: Nutrição, mas eu teria sido mais feliz fazendo DG-Desenho... e eu cabulava todas as aulas para ver História da Arte, aulas de LET-Laboratório (acho que é esse nome) e outras. Cheguei a fazer escultura em pedra para um amiguinho meu, o saudoso "Japinha", Edgar...saudades. Fiz HQ, quadrinhos...criei meu próprio HQ! rsrs
Jogava tênis de mesa com os japas, a Patty e o Pedro...e eu era muito boa! Acho que ainda sou...cheia dos efeitos de bola e tal...metida! rsrs
Lá partcipei de "musicais" e peças que fazíamos no auditório da carlos de Campos...cheguei a escrever uma peça que só não saiu dos ensaios: "Vovó Lulu e o Rei de duas Coroas"...uma comédia.
tinha meu caderno de poesias...sua métrica não sei saber dizer...eram poemas gigantescos...bem alla "Alvarez de Azevedo".
E lá tive meu primeiro namorado,que todo mundo sabe que era do noturno...e foi a Patrícia que me apresentou ele: Alberto Patrick Garuffi. foi rápido...mas foi bonito. Acabou porque um "amigo" mentiu para mim dizendo sobre uma possível traição...e eu acreditei, afinal, eu tinha 16 anos e o Alberto tinha 18 ou 19, era maior de idade e eu ainda não fazia "coisas de adultos", e era do curso de Edificaçõess Noturno..só o via a noite e de semana...complicado, né?rs. Rolim, Rolim...isso não foi bonito! Mentir para tentar algo comigo... enfim.
Apesar de umas tristezas FOI ÓTIMO TUDO!!!! Aprendi não só o curso médio (bem meia boca , né?) e o curso de Nutrição, mas foi uma preparação para vida. Lá aprendi que vale a pena ser você mesmo e a respeitar as diferenças.
Mas encurtando a história:
Tive que fazer uma prova para concurso um domingo de julho e adivinha onde fui fazer a prova! No Carlos de Campos! Eu fiquei tão feliz! Sabe aquela exitação adolescente?rsrs
"O bom filho sempre torna a casa". Nossa! Como o Largo da Concórdia mudou! E a Rua Barão de Ladário....como mudaram as coisas!E eu mudei também...mas só por fora! Ainda existe e sempre vai existir em mim aquela garota rebelde e livre que sempre disse as verdades...enfim...que esta chama nunca se acabe, caso contrário, eu estarei "morta".
Beijos a todos que enfeitaram minha vida-meu jardim pessoal...pessoas incríveis!
Ana Cássia Vilela; Aline Kedma Nozima; Robson Ulisses; TIA- Vanessa; Michele Tosta Santana;Vinícius Rocha;Monique;Ana Carolina;Patrícia Leite-a Naná; Alberto Patrick Garuffi; Danilo Reis Rolim; Tassiane;Milene de Paula;Marcel Couto; Marcelo Kaiti Assimoto; Pedro; todo o pessoal do tênis de mesa...Edgar!; as gêmeas que intimidavam qualquer um: Carol e Carine Falci Kanis!; Luana Moreno...gostava do estilo dela...o narigudo alemão: Vinny-Daniel; < -(está é a caricatura dele) rs; Monalisa; Paloma e sua calma irritante rsrs; Gisleine; Carla da Nutrição; Rodrigo Marx que meu deu a mini Santa Rita de Cássia...obrigada! ela achav que eu deveria ser exorcisada! rsrs; Celeste Maumann e seu cabelo alla Slash do Guns; Pépe; e tantos outros....
e para acabar, minha amiga até hoje e vamos SIM SELAR NOSSO AMOR!!! A TATTOO VAI SAIR! ;) Fernanda Nascimento....vc é demais....acho que somos almas gêmeas...soul mates! Beijos!!!
Foxfire...burns and burns.
...E quem eu "esqueci", PERDÃO! São muitas as pessoas que eu queria colocar aqui e não fiz um rascunho prévio...
Amo vocês e sempre vou amar!
Estas fotos fui eu quem tirou...no dia da prova. Notem como mudou a quadra. Que, em dia de chuva também era "piscina olímpica" rsrsr.
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HISTÓRICO DA UNIDADE ESCOLAR
Em 28 de Setembro de 1911 foi publicado o Decreto nº 2118-B, organizando e regulamentando as duas primeiras escolas profissionais da Capital: a Escola Profissional Feminina e a Escola Profissional Masculina. Ambas foram implantadas no Brás, bairro que, na época, vivia um período de intensa atividade fabril e comercial, com grande concentração de operários e imigrantes.
A Escola Profissional Feminina iniciou suas atividades em 11/12/1911.Através da implantação destas escolas profissionais, o Governo visava contribuir para a qualificação de mão de obra, atendendo às necessidades do setor fabril, tornando o operário brasileiro competitivo com o estrangeiro e educando o novo trabalhador“com ordem, disciplina, devoção ao trabalho e elevado espírito patriótico”,o que se considerava o oposto do trabalhador imigrante, influenciado por idéias libertárias e anarquistas.
De acordo com os Anuários de Ensino do Estado de São Paulo, a Escola ProfissionalFeminina tinha, nos primeiros anos, um número limitado de funcionários: o diretor e seu assistente, um zelador, 3 serventes e um grupo de docentes formado por 5 professores e 5 auxiliares de oficina.
Por meio dos registros no Livro de Pronto Pagamento, na Ata de Inauguração Oficial da Escola e no Livro de Visitas podemos observar o rigor com que eram tratados assuntos como, por exemplo, a disciplina das alunas, as atribuições das professoras, a dedicação ao trabalho e à Pátria. Era prerrogativa do Diretor, autoridade máxima dentro da escola, a definição dos primeiros regulamentos disciplinares e das normas de funcionamento da instituição.
No início, as alunas recebiam aulas teóricas de Português, Aritmética, Geografia e Desenho Geométrico, entre outras disciplinas, e participavam das atividades práticas nas oficinas. A mais procurada era a de Confecção, que fornecia aprendizagem geral de costura, seguida pela de Rendas e Bordados e de Flores e Chapéus.
Os cursos eram destinados a meninas maiores de 12 anos, que possuíssem o diploma do grupo escolar ou conhecimentos equivalentes. Conforme indica a documentação da época, a maioria das alunas provinha das classes trabalhadoras e era constituída por filhas de imigrantes, principalmente italianos.
O corpo docente, formado por professoras primárias, mestras e auxiliares, era contratado temporariamente pela Secretaria dos Negócios do Interior e compunha-se, freqüentemente, de senhoras da alta sociedade paulistana, que dominavam certas artes e ofícios para os quais a escola oferecia habilitação.
Até 1930 não existiam professores formados especialmente para ministrar aulas nas escolas profissionais. Em 1931, f oi implantado o primeiro Curso Normal na Escola Profissional Feminina, com o objetivo de formar professores para o magistérioprofissional feminino. As alunas matriculadas eram, geralmente, as que tinham obtidomelhor desempenho no curso profissional.
A Escola Profissional Feminina instalou-se, em primeiro lugar, num antigo sobrado na rua Monsenhor de Andrade, já demolido, onde anteriormente funcionava o Colégio Azevedo Soares. Em meados da década de 20, o edifício adquirido em 1911 e considerado adequado, na época, passou a sofrer críticas de diversos segmentos da sociedade, o que levou o Governo do Estado a construir um novo prédio para a escola, de acordo com os “preceitos de higiene, harmonia e beleza”. Em 1930, foi entregue a primeira etapa da construção, sendo que a segunda nunca foi concluída.
A ETE Carlos de Campos funciona, até hoje, no mesmo endereço, no edifício construído nos anos 30 e em uma outra ala, construída mais recentemente.
Com o tempo, os cursos foram sendo desdobrados, acompanhando as alterações na estrutura e na legislação do ensino profissional. Atendendo às demandas da sociedade, a Escola Profissional Feminina passou por várias transformações, mudou o seu nome muitas vezes e ofereceu várias modalidades de ensino e de cursos. Deixou de ser uma escola essencialmente feminina e passou a atender alunos de ambos os sexos.
Enquanto escola feminina, ela ofereceu, em diferentes momentos, os seguintes cursos: Vocacional; Educação Doméstica; Aperfeiçoamento para Mestras; Formação de Mestras em Educação Doméstica; Dietética para Donas de Casa e Auxiliares em Alimentação; Dietética; Dietética Profissional; Confecções; Bordados; Roupas Brancas; Desenho e Pinturas; Economia Doméstica; Prendas Manuais.
A partir dos anos setenta, organizou novos cursos, mais voltados para as exigências da cidade, transformada em grande centro de produção industrial: Desenho de Comunicação; Decoração; Enfermagem; Nutrição e Dietética.
A Escola já se chamou Escola Profissional Feminina (1911), Escola Normal Feminina de Artes e Ofícios (1931), Instituto Profissional Feminino (1933), Escola Industrial “Carlos de Campos” (1945), Escola Técnica “Carlos de Campos” (1952), Colégio de Economia Doméstica e Artes Aplicadas Estadual “Carlos de Campos” (1962), Centro Estadual Interescolar “Carlos de Campos” (1979), Escola Técnica de Segundo Grau “Carlos de Campos” e, finalmente, Escola Técnica Estadual (ETE) “Carlos de Campos” (1994), quando foi incorporada à rede de ensino do Centro Paula Souza.
Conheça um pouco sobre o patrono do nossa escolaCARLOS DE CAMPOS(pesquisa feita pela professora Maria Lúcia Mendes de Carvalho)
Carlos de Campos era filho do grande estadista Bernardino de Campos. Em 1927, no exercício do governo de São Paulo, morria esse político, advogado e jornalista. Foi um dos diretores do Correio Paulistano.
Estava governando São Paulo, havia apenas dois meses, quando surgiu a trágica madrugada de 5 de julho de 1924. O general Isidoro, chefe da revolução prendeu o comandante da força pública, coronel Quirino Ferreira e o comandante da 2a. Região Militar, general Abilio Noronha.
Carlos de Campos não recebeu o capitão enviado a pedido do general Isidoro, no Palácio dos Campos Elíseos, declarando que "Não falo com revoltosos. Organize a resistência".Resistiu por mais de quatro dias (5, 6, 7 e 8 de julho) aos bombardeios no palácio, mas por fim deixou o palácio, seguindo os conselhos do seu secretariado, pois as bombas jogadas contra o palácio já atingiam os alunos do Colégio Salesiano.A normalidade só voltou em 29 de julho de 1924, com a derrota do general Isidoro. Em agosto de 1924, o jornalista Júlio de Mesquita do jornal "O Estado de São Paulo" foi preso no Rio de Janeiro, e sua soltura foi solicitada ao Ministro da Justiça por Carlos de Campos, que também autorizou o reaparecimento do jornal que estava suspenso.A nossa escola iniciou o seu funcionamento em 11.12.1911, tendo sido inaugurada oficialmente em 16.3.1912. Foi a primeira Escola Profissional Feminina, localizada na Rua Monsenhor Andrade, no antigo prédio do Colégio Azevedo Soares.Segundo Olga Vasquez, em depoimento a Professora Sueli Teresa de Oliveira, em 1990, durante a elaboração de sua tese de mestrado sobre a história da nossa escola, essa ex-aluna no final dos anos 20, declarou que algumas de suas mestras eram senhora finíssimas e da elite paulistana, como era o caso de Dona Rafaela de Paula Sousa, que dirigira por muitos anos a oficina de rendas e bordados.Em 1924, a Diretora da escola, sugeriu ao governo do Dr. Carlos de Campos, por intermédio de seu secretário do Interior, a criação de um curso noturno, para poder atender, pelo menos em parte, a solicitação da população, sempre ávida por progresso. O pedido foi aceito pelo governo, e posto em execução. O edifício da Escola Profissional Feminina, em que hoje nos encontramos, foi construído de 1927 a 1930. O projeto foi elaborado no Escritório Técnico da Diretoria de Obras Públicas e aprovado no ano de 1926 com assinatura de Romano Eitelberg.
Fonte: - Oliveira, S.,T., "Uma colméia gigantesca: Escola Profissional de São Paulo - 1910/20/30", tese de mestrado, PUC/SP, 1992.- Cintra, A , "O Presidente Carlos de Campos e a revolução de 5 de julho de 1924", São Paulo, 1952.